quinta-feira, 9 de maio de 2013

AS BENÇÃO DA UNIDADE*

TEXTO BASÍCO JO 17:21-23

INTRODUÇÃO

21.E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.

22.E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.

23.Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.João 17:20-23

No capítulo dezessete do evangelho de João, Jesus oferece a oração mais extensa registrada para nós no Novo Testamento. 

É uma oração de intercessão na qual ele orou por seus discípulos e por todos aqueles que haveriam de crer por meio do testemunho de seus discípulos. Essa oração é chamada de a Oração Sacerdotal de Jesus.

Um dos temas centrais dessa oração é o pedido de Cristo ao Pai para que seu povo possa ser um. 

Era uma oração pela unidade cristã. Contudo, aqui estamos nós, no século vinte e um, e a igreja provavelmente se encontra mais fragmentada que em qualquer outro período da história da igreja.

Historicamente, por meio do Concílio de Niceia da igreja primitiva, a igreja foi definida por quatro palavras chave, a saber: 1) una, 2) santa, 3) católica, 4) apostólica.

Essas quatro categorias descritivas sobre a igreja definem a natureza da igreja. O tema da unidade está tão presente no texto que podemos vê-lo expresso por três vezes:

a)v. 21 “para que todos sejam um”.

b)v. 22 “para que eles sejam um”.

c)v. 23 “Que eles sejam levados à plena unidade”.

Estas declarações expõem os princípios essenciais da unidade espiritual. Aqui estão revelados os pormenores da natureza da unidade da Igreja.

O objeto da oração de Jesus são pessoas específicas. Ele fala sobre “estes”, “eles”, fazendo referência aos discípulos. 

E fala também sobre “aqueles”, fazendo referência a todos os cristãos das gerações futuras os que ainda haviam de crer. Todavia, quando Jesus faz a afirmação “para que todos sejam um”, Ele junta “estes” e “aqueles” em um único processo histórico, ligando-os como um só corpo a Igreja universal.

É importante observar, também, que tanto “estes” quanto “aqueles” são pessoas que “receberam” a Palavra de Deus e conheceram quem é Jesus. São pessoas regeneradas, nasceram de novo. Portanto, é deste tipo de pessoas que Jesus espera a prática da unidade.

E mais: Jesus afirma que sem a unidade com o Pai e o Filho, a unidade na Igreja não é possível. 

É neste ponto que encontramos o maior desafio para vivenciarmos a verdadeira unidade cristã. 

Jesus compara a unidade do Seu povo, a Igreja, com a unidade que Ele tem com o Pai: “… para que eles sejam um, assim como nós somos um”.

a)Isto significa primeiro, que a unidade da qual Jesus está tratando em João 17 não se restringe à reciprocidade e comunhão uns com os outros.

b)Isto significa em segundo lugar, que não se trata de uma unidade estrutural ou organizacional e externa, não é unidade denominacional. Não é ecumenismo.

c)Terceiro também não significa conformidade ou uniformidade, fazer todas as pessoas pensarem exatamente iguais. 

Não é uma questão de amizade ou fraternidade.

Então, que tipo de unidade é esta? É a unidade de essência: “Esse é todo o mistério da Trindade. Há três pessoas e, contudo, unicamente um Deus. 

A mesma essência e, contudo, há distinções nas pessoas, mas o que faz dElas um só ser é a unidade de essência”.

A oração de Jesus por unidade do Seu povo demonstra que a unidade não é automática, mas algo que deve ser buscado e desenvolvido com empenho e esforço. 

Na prática, a unidade é uma relação familiar. Numa família, os membros até podem discordar de algum ponto, porém jamais irão se livrar da relação de sangue, da essência que lhes une. Neste sentido a unidade da igreja é sobrenatural, tangível e evangelizadora. 

Os discípulos, porém, mostraram um espírito de egoísmo, competitividade e desunião.

As escrituras revelam alguns fatores quanto a unidade da igreja, precisamos ver o contexto em que se apresenta pra entender de que tipo de unidade está se falando.

a)Por exemplo há dois textos relacionados, o de Gn 11 e At 2, a unidade dos povos ao redor de uma torre a porta do céu, e a unidade de uma igreja em oração para receber o que viria dos portais do céu, o batismo com o Espírito Santo. 

Esses dois textos abordam sobre a Sinergia da unidade, essa unidade trás poder e revelam a conquista de um povo. No primeiro texto as línguas se confundem pra crescer. No outro as línguas trás entendimento pra fundir uma igreja pra crescer.

b.Em 1 Co 12 Paulo aborda a unidade no aspecto de Corpo e seus membros unidos a ele. 

Aqui a unidade é orgânica, e cada membro faz a sua parte pra que haja vida no corpo.

c)Em Efésio 2 e 4 Paulo vai abordar outro tipo de unidade da igreja, como um edifício que está sendo edificado. Nesse aspecto a unidade está relacionada ao crescimento e maturidade pela ministração dos dons que cada um possui.

d)Mais o texto de Jo 17 é uma unidade que tem haver com Jo 15, e com o salmo 133. Ela tem como referência a unicidade da trindade, ela tem como marca o caráter do Deus uno. Ela está timbrada em essência.

A singularidade desse tipo de unidade está no cheiro que ela tem e na marca que ela produz. 

A União dos Crentes em Cristo está relacionada ao amor e ao relacionamento para com Deus.

TRANSIÇÃO: Quais são as essências que unidade produz.


I.A UNIDADE MELHORA O AMBIENTE AO NOSSO REDOR.

Sl 133:1,3 Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. …porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.

É difícil concebermos que um ambiente tenso, hostil, desunido, desarticulado, onde falte o amor solidário e a graça perdoadora, possa ser visitado pelo óleo, pelo orvalho, pela bênção e pela vida de Deus. 

A bênção do Senhor não está no óleo sobre a cabeça (não é ter vida ungida), nem no orvalho que cai do céu sobre o monte que molha os montes menores e vales prosperando por escorre.

A benção está na unidade do povo. (a unção sobre a cabeça, e prosperidade nos lugares altos depende e é reflexo de unidade.

A unidade do povo trás óleo sobre a cabeça e prosperidade nos lugares altos.

 
II.A UNIDADE LEGITIMA NOSSO CULTO.

Mt 5:23,24 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.

Jesus vincula nosso relacionamento horizontal (irmãos) com nosso relacionamento vertical (Deus). 

A verdadeira espiritualidade pressupõe comunhão com Deus e com os irmãos. 

Jesus intercede pela unidade da igreja com três grandes objetivos:

A evangelização do mundo, a manifestação da glória de Deus, por intermédio da igreja, e o aperfeiçoamento dela.

A unidade fraternal está relacionada ao ato de fazer derramar sobre a cabeça de forma cultual a aprovação do céu com óleo que unge.

 
III.A UNIDADE É A MARCA DE UMA COMUNIDADE VENCEDORA.

a) A comunhão entre os irmãos é como medicina para os relacionamentos (Sl 133:2). “É como o óleo precioso…”. 

O óleo tinha três finalidades nos tempos bíblicos: era cosmético, remédio e símbolo da unção do Espírito Santo. 
A união entre os irmãos é como o óleo, que embeleza vida, cura as feridas e traz a bênção do Espírito Santo sobre os relacionamentos. Onde há união entre os irmãos aí há terapia para a alma, cura para as emoções, ânimo para o enfrentamento das dificuldades e força para caminhar.

b) A comunhão entre os irmãos é restauradora (Sl 133:3a). “É como o orvalho…”. O orvalho é um símbolo da própria presença de Deus entre o seu povo.

O orvalho cai para restaurar a relva castigada pelo calor do sol.

O orvalho cai quando está pra raiar o dia, no período mais escuro das noites.

O orvalho é frequente e constante.

O orvalho produz todo nutriente na relva tornando logo pela manhã o melhor alimento. 

c) A comunhão entre os irmãos atinge os de perto e os de longe (Sl 133.3a). “… o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião…”. 

O Hermom é o monte mais alto de Israel. Fica no extremo norte do país. Seu cume é sempre coberto de gelo. 

Os ventos gelados que sopram na cumeeira dessa montanha levam uma brisa refrescante para os montes de Jerusalém há mais de cento e cinquenta quilômetros ao sul. 

A comunhão entre os irmãos é como essa brisa refrescante que leva vida por onde passa, atingindo pessoas de perto e de longe. 

A comunhão entre os irmãos é abençoadora e sua influência reverbera até em lugares distantes.  

d)A comunhão entre os irmãos abre o caminho para a salvação de Deus e vitória divina (Sl 133.3b). “… ali ordena o Senhor a sua vida…” “… a sua bênção para sempre”. 

Uma igreja onde os irmãos vivem em união, aí há conversões genuínas e abundantes. 

A comunhão é a base da evangelização.  

A bênção de Deus flui onde há comunhão e não onde há contenda. Uma igreja onde os irmãos vivem em união, a presença de Deus é real. Ali a bênção de Deus é notória. É nessa geografia que Deus ordena a sua bênção e é através dessa igreja que a bênção divina flui e impacta o mundo.  

CONCLUSÃO:

Quando se arranca um pé de batatas, há muitas batatas em cada pé. Elas estão juntas, mas não são uma unidade. Há batatas maiores e outras menores. Há batatas mais lisas e outras mais ásperas. 

Depois de colhê-las, o agricultor as coloca num saco e as vende no mercado. 

Elas estão comprimidas num vasilhame, mas não são uma unidade. 

O comprador escolhe as que mais lhe apetece e as leva para casa, onde as coloca numa gaveta da geladeira, mas elas ainda não são uma unidade. 

A cozinheira, então, pega as batatas, cozinha-as, corta-as e faz delas um purê. 

Aí, sim, elas se tornam uma unidade. Agora é impossível distinguir umas das outras, separar umas das outras. 
Elas são uma unidade. Essa unidade em amor é que deve existir entre os filhos de Deus!

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado!

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