TEXTO BASE RM 11: 33 - 26
33. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
34. Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
35. Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
36. Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Podemos conceituar Deus? Podemos explicar o que Deus é em perfeição?
Embora alguns pensem que sim, não podemos dissecar Deus como se faz a um cadáver e explicar todos os pormenores se Sua Pessoa.
O finito não pode compreender o Infinito.
Foi o que Paulo declarou em Romanos 11. 33-36
33. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
34. Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
35. Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
36. Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
No entanto, dentro de nossa incapacidade, finitude e ignorância o próprio Deus nos mostra uma partícula de quem Ele é.
Através de seus atributos – ou aquilo que Ele nos permite saber – podemos ter uma idéia de Sua Magna Pessoa.
Para que é importante conhecer os atributos de Deus?
Quero dar quatro razões simples:
1. Conhecendo os atributos de Deus saberemos um pouco quem Ele é, Seu caráter, pensamento e vontade;
2. Conhecendo a Deus como Ele é podemos honrá-Lo como merece, prestando-lhe uma adoração bíblica;
3. Estaremos mais preparados para fazer uma apologia da nossa fé e ficarmos imunes quando as distorções heréticas surgidas no presente século;
4. Poderemos ajudar a tantos que estão incorrendo em erro grave abraçando as mais diversas heresias e distorções sobre a Pessoa de Deus.
O que é um atributo?
ATRIBUTO: (do latim “attribuo”) Propriedade inerente ao sujeito sem a qual este não pode existir nem ser concebido.
Na filosofia, Aristóteles distinguia entre atributo e acidente.
Descartes considerava os atributos como propriedades fundamentais da substância.
Spinoza entendia que a extensão e o pensamento são atributos da substância única.
Segundo os materialistas franceses do século 18, são atributos da matéria à extensão e o movimento; alguns (Diderot, Robinet) incluíam, ainda, o pensamento.
Na teologia, Berkhof, por exemplo, diz que:
“os atributos de Deus podem ser definidos como as perfeições que constituem predicativos do Ser Divino na Escritura, ou que são visivelmente exercidas por ele em Suas obras de criação, providência e redenção”.
Embora prefira o termo “virtude” ou “perfeições” ao invés de atributos, pois acha que “atributo” pode transmitir a noção de se acrescentar algo ao Ser Divino. (Berkhof, 1994: 54)
Existem, entre os teólogos, vários posicionamentos com respeito ao número de atributos de Deus.
Alguns falam de atributos naturais e atributos morais, outros de atributos absolutos e relativos, outros de atributos imanentes ou intransitivos e emanentes ou transitivos.
A mais comum é entre atributos comunicáveis e incomunicáveis.
Não vamos seguir nenhum padrão pré-estabelecido, trataremos de forma geral sobre os atributos de Deus, no final estarei indicando alguns livros que podem auxiliar num estudo mais aprofundado sobre o tema.
Vejamos, agora, um resumo dos vários atributos relacionados nas Escrituras:
OS ATRIBUTOS DE DEUS PROPRIAMENTE DITOS:
I. SINGULARIDADE E SIMPLICIDADE:
Deus não é composto de partes, pois toda composição implica imperfeição.
O composto depende, necessariamente, dos elementos que o constituem.
Deus é, portanto, perfeitamente simples.
Um atributo não é mais importante do que outro; todos eles constituem o Ser de Deus.
Deus é único no sentido de singularidade como também de simplicidade.
Singularidade: Deus é único, numericamente um; há um só Deus.
Simplicidade: Deus não está dividido em partes, pois Ele não é composto; entretanto seus atributos são enfatizados em momentos diferentes.
Sendo infinitamente simples, Deus é infinitamente uno e indivisível.
Mas é também absolutamente único. Supor dois ou mais Deuses igualmente perfeitos, seria absurdo.
Dois Deuses seriam idênticos e então se confundiriam, ou seriam diferentes e então não poderiam ser ambos infinitamente perfeitos.
1 Re 8. 60; Dt 6. 4; Mc 12. 29, 32; 1 Co 8. 6; 1 Tm 2. 5; Jo 17. 3; Ef 4 .6.
II. INFINIDADE E IMENSIDADE:
Deus é infinito, isto é, sem limite em seu ser, pois é o ser por si, o ser que existe por sua própria essência. Nada existe além e acima de Deus, que de nada depende e ao qual tudo está subordinado.
Ele “habita em luz inacessível” (1 Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos caminhos são “inescrutáveis” (Rm 11. 33).
Deus é infinito, ilimitado, ilimitável.
“Acaso sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe?
Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o Senhor; porventura não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor” (Jr 23. 23-24).
“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá”. Sl 139. 7-10
III. ETERNIDADE:
Sendo infinito, Deus não tem começo nem fim. Só possuem duração limitada os seres imperfeitos.
Deus, sendo infinitamente perfeito, é eterno. Não tem passado, futuro, nem presente.
A eternidade é um atributo relacionado com a imutabilidade de Deus nos aspecto que o tempo não pode acrescentar ou tirar alguma coisa d’Ele, não pode aumentar nem diminuir o Seu conhecimento.
Ele, porém, percebe os acontecimentos no tempo e age no tempo.
“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.
Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Sl 90. 2
IV. INTELIGÊNCIA:
Sendo tudo, em Deus, infinito, sua inteligência e sua ciência são também infinitas.
Para saber, Ele não precisa raciocinar. Tudo vê e conhece. “…
quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?”
V. VONTADE:
A vontade divina não possui limites e é livre de todo obstáculo. Deus basta querer para fazer.
Age com absoluta independência e sem contradição.
“Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” Dn 4. 35.
VI. SABEDORIA:
A inteligência infinitamente perfeita de Deus gera a sabedoria absoluta que O faz empregar os meios mais eficazes para os fins mais dignos.
Deus Tudo governa com inteligência, segurança e ordem.
VII. BONDADE:
Deus é amor infinito e perfeito. Deus é bom em si mesmo; absolutamente nada lhe pode ser acrescentado ou melhorado, pois ele não é incompleto ou defeituoso.
Ele é o Sumo bem para suas criaturas; a fonte de todo bem.
Sua bondade se manifesta para todas as suas criaturas, pois é a perfeição que o leva a tratar benévolo e generosamente todas as suas criaturas.
Este atributo de Deus implica que Ele é o parâmetro definitivo do que é bom, e tudo o que Ele é e faz é digno de aprovação. Gn 1.31; Sl 145.9, 15-16; Sl 100. 5; Sl 106.1; Lc 18.18-19; Rm 12.2; Tg 1.17; 1Jo 1.5; At 14.17.
VIII. JUSTIÇA:
Sendo em grau infinito, inteligente, sábio e bom, Deus é justo.
Possuindo santidade absoluta que é ordem do amor, Ele age com justiça infinitamente perfeita. Por isso, pune o mal e recompensa o bem.
Deus sempre age segundo o que é justo, e que Ele mesmo é o parâmetro definitivo do que é justo.
Dt 32. 4: “Ele é a Rocha; suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel e sem iniquidade; justo e reto é ele”.
Outras referências: Ed 9.15; Ne 9. 8; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 2.29; 3. 4; Ap 16.5; Dt 32.4; Rm 3. 25-26; Jó 40. 2,8; Rm 9. 20,21.
IX. AUTO-EXISTÊNCIA:
Esta é uma característica unicamente de Deus.
“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.
Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma cousa precisasse; pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” Atos 17. 24-25).
Deus é auto-suficiente. Ele não precisa de nada nem de ninguém para ser que é ou fazer o que fez e faz.
Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si, mesmo para continuidade e perpetuidade de seu Ser.
Deus é a causa de todas as coisas, sem ser causado.
X. IMUTABILIDADE OU INALTERABILIDADE:
Toda mudança constitui um progresso ou uma decadência.
Só mudam e se transformam os seres imperfeitos.
Sendo necessariamente perfeito, Deus é imutável, isto é, permanece idêntico a si mesmo, sem nenhuma mudança ou variação. (Ap 22.13; Is 44. 6).
É o mesmo Deus, único e verdadeiro. Ele não somente é; Ele é o que é, sempre. Nada muda n’Ele. (Hb 1.10-12).
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança”. Tg 1.17. “Porque eu, o Senhor, não mudo”. Ml 3. 6
XI. ONIPRESENÇA:
Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto no espaço com todo o seu ser; Ele porém, age de modos diversos em lugares diferentes.
Deus não está em todos os lugares no mesmo sentido; isto é, a manifestação d’Ele é maior nos céus sua habitação, porém sua manifestação no inferno se dá de maneira punitiva, por exemplo.
Deus não tem dimensões espaciais, Ele é o nosso ambiente mais próximo.
Seu centro está em todos os lugares; Sua circunferência não está em lugar algum.
“Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe?
Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu o céu e a terra? diz o Senhor”. Jr. 23. 23-24 e ainda Sl. 139.7-10
XII. PRESCIÊNCIA:
Se olharmos pelo aspecto em que a palavra “presciência” na Bíblia é empregada, não no sentido de prever eventos ou ações das pessoas, mas, sim, que está relacionada com o conhecimento prévio que Deus tem das pessoas.
A presciência de Deus não é causativa, antes Deus conhece de antemão o que será porque Ele decretou o que há de ser.
Então concluímos que Deus conhece as pessoas que Ele mesmo elegeu. Rm 8. 28-29; 1Pe 1.2.
A palavra “presciência” em grego: “prognosis”, não significa apenas “conhecer antes”.
Quando este termo é usado com relação a Deus significa frequentemente “olhar com amor”.
“Rebeldes fostes contra o SENHOR, desde o dia em que vos conheci”. Dt 9. 24.
“De todas as famílias da terra, somente a vós outros conheci (escolhi); portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniquidades”. Am 3. 2 (grifo nosso). “Conhecer” significa amar.
“Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”. Mt 7. 23. (Jo 10.14; 1Co 8. 3; 2 Tm 2.19; Rm 8. 29-30; 11. 22).
XIII. SOBERANIA OU SUPREMACIA:
Deus o supremo criador do universo não pode e jamais será influenciado por qualquer atitude humana ou evento de sua criação. Deus a tudo controla e tem o domínio eternamente sobre a vontade dos homens, dos seres celestiais e sobre todo o restante de sua criação.
“Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos”. 1 Cr 29.11
Como bem expressa A. W. Pink:
1. Deus é soberano no exercício de Seu poder – Ex 17.16; 1 Cr 29.11-12; Dn 2. 22-21.
2. Deus é soberano na delegação de Seu poder a outros – Dt 8.18; Sl 29.11; Dn 2. 23.
3. Deus é soberano no exercício de Sua misericórdia – João 5.1-9.
4. Deus é soberano no exercício de Sua graça – Rm 9.19-24; Rm 11. 5-6; Ef 2. 4-10.
5. Deus é soberano no domínio das nações – 2 Cr 20. 6; Sl 10.16; Ap 19. 6; Pv 21.1; Dn 4. 35.
XIV SANTIDADE:
A santidade de Deus traça o padrão que seu povo deve imitar.
“Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. Lv 19. 2
O Deus bíblico é tanto santo como amoroso, em unidade inseparável em cada pessoa da Triunidade.
A santidade de Deus é central em seu ser, sendo especialmente destacada no Antigo Testamento (Lv 11. 44; 19. 2; Js 24.19; 1 Sm 6. 20; Sl 22. 3; Is 57.15).
A santidade de Deus indica que ele é absolutamente puro e perfeito, sem qualquer pecado ou maldade; seu próprio ser é o resplendor e o derramamento da pureza, da verdade, da justiça, da retidão, da bondade e de toda perfeição moral.
XV. IRA: Deus odeia intensamente o pecado, e isto está associado à santidade e a justiça de Deus.
Ele se opõe a tudo que vai contra o seu caráter moral.
“Lembrai-vos e não vos esqueçais de muito provocastes à ira do Senhor, vosso Deus no deserto; desde o dia em que saíste da terra do Egito, até que chegaste a este lugar, foste rebelde contra o Senhor; pois, em Horebe, tanto provocastes a ira ao Senhor, que a ira do Senhor se acendeu contra vós para vos destruir” (Dt 9.7-8)
Um exemplo da ira divina encontra-se na execução do dilúvio nos dias de Noé (Gn 6-8)
XVI. ONIPOTÊNCIA:
Isto é claramente expresso na pergunta: “Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?”, feita depois de Deus ter prometido a Abraão e Sara um filho em idade avançada – Gn 18.14, e repetida novamente com sua promessa de restaurar e libertar a Jerusalém face a sua destruição iminente pelo exército babilônico – Jr 32. 27.
Em ambos os casos a promessa divina foi cumprida à risca.
O Novo Testamento contém igualmente um testemunho semelhante quanto à onipotência de Deus.
Ele se revela como o Deus para quem “nada é impossível”.
(Gn 17.1; 18.14; Sl 24. 8; 33. 9; 89.13; 115. 3; Hb 1.3; Ef 3. 20,21; Sl 24. 8; Jr 32. 27; 2 Co 6.18; Ap 1. 8; Lc 1. 37; Mt 19. 26; Tt 1.2; Hb 6.18; 2Tm 2.13; Tg 1.13, 17).
XVII. ONISCIÊNCIA:
Esta perfeição está intimamente ligada à sua onipresença (Sl 139.1-12).
As implicações práticas são semelhantes e perturbadoras, mas trazem ao mesmo tempo segurança:
Deus vê e, portanto, tudo sabe.
Isso é, em especial, pertinente ao juízo, sendo simbolicamente expresso pela “abertura dos livros” (Ap 20.12).
XVIII. AMOR: “Deus é amor” (1 Jo 4. 8) é a definição bíblica mais conhecida de Deus.
Nos contextos humanos, porém, o amor inclui uma considerável variedade de atitudes e atos.
Em relação a Deus, trata-se de uma idéia muito específica. “Nisto consiste o amor… em que… enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” 1 Jo 4.10;
“Nisto se manifestou o amor de Deus…em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo” 1Jo 4. 9.
O termo agapê aqui presente tem comparativamente pouco uso fora do Novo Testamento.
A palavra grega comum, eros, fala de um amor associado a alguém digno, enquanto agapê é o amor pelos indignos, por alguém que perdeu todo o direito à devoção do amado.
O amor de Deus, agapê, é principalmente expresso na redenção dos pecadores e em tudo que está ligado a isso.
XIX. MISERICÓRDIA:
É o exercício do amor de Deus para com os aflitos e angustiados.
A diferença básica entre graça e misericórdia é que aquela vê os homens pecadores culpados e condenados, concedendo perdão, enquanto que esta os vê miseráveis e necessitados, agindo afetuosamente para com eles, ou seja, concedendo alívio.
É proveitoso afirmar que a misericórdia é uma extensão da graça de Deus. (2 Sm 24.14; Mt 9. 27; 2 Co 1.3; Hb 4.16; 2.17; Tg 5.11).
“E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniquidades, e ainda nos deixaste este remanescente…” Ed 9.13.
XX. PACIÊNCIA: É o poder de controle que Deus exerce sobre si mesmo, agindo complacentemente para com o ímpio, detendo por um tempo o castigo que este merece.
Este atributo, ainda que beneficie a criatura, concerne, no entanto a Deus, pois é o poder que ele controla sua ira, adiando o julgamento, continuando a oferecer salvação e graça por longos períodos.
Nm 1. 3; Sl 86.15; Rm 2. 4; 9. 22; 1 Pe 3. 20; 2 Pe 3. 9; Tg 1.19; Jn 4. 21; Sl 103. 8-9. Que seria dos “Pedros” se Deus não fosse paciente?
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
De que nos serve sabermos sobre os atributos de Deus?
Em que mudaria a nossa vida tudo que estudamos até agora sobre a pessoa de Deus?
Além das razões que eu mencionei na introdução, é imprescindível nos dias de hoje que os atributos de Deus estão ligados com a maneira como nós O servimos.
Se eu não conheço a Deus como posso adorá-lo? Amá-lo? Servi-lo?
Orar? Senão, vejamos:
Se Deus é SINGULAR, então não posso me associar a nenhum outro deus;
Se Deus é INFINITO, então Ele é maior que minha própria vida;
Se Deus é ETERNO, então podemos confiar nEle em qualquer tempo;
Se Deus é INTELIGENTE, então posso confiar em suas decisões a meu respeito;
Se Deus tem VONTADE, então eu preciso descobrir a Sua vontade para minha vida;
Se Deus é SÁBIO, então preciso dEle na minha ignorância;
Se Deus é BOM, então em Suas mãos estarei seguro;
Se Deus é JUSTO, então entregarei a Ele as injustiças por mim sofridas;
Se Deus é AUTO-EXISTENTE, não precisa de mim, mas eu preciso dEle;
Se Deus é IMUTÁVEL, então a minha fé pode descansarem Seu Ser;
Se Deus é ONIPRESENTE, então não preciso fazer peregrinações para locais “santos” para encontrá-Lo;
Se Deus possui PRESCIÊNCIA, então eu sei que Ele me amou antes da fundação do mundo;
Se Deus é SOBERANO, então nada pode pegá-lo de surpresa, até mesmo as piores calamidades;
Se Deus é SANTO, então preciso buscar a santidade, pois Ele me diz: “Sede santo”;
Se Deus se IRA, então preciso entender que não posso pecar contra Ele;
Se Deus é ONIPOTENTE, então porque me preocupo com os meus problemas mais do que deveria?;
Se Deus é ONISCIENTE, então não posso enganá-Lo em momento algum;
Se Deus é AMOR, então posso crer em seu perdão;
Se Deus é MISERICÓRDIA, então eu sei que, embora exista o inferno, ele não é para mim;
Se Deus é PACIENTE, então sabe qual o melhor momento para agir.
Um Forte Abraço!! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado
33. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
34. Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
35. Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
36. Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Podemos conceituar Deus? Podemos explicar o que Deus é em perfeição?
Embora alguns pensem que sim, não podemos dissecar Deus como se faz a um cadáver e explicar todos os pormenores se Sua Pessoa.
O finito não pode compreender o Infinito.
Foi o que Paulo declarou em Romanos 11. 33-36
33. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
34. Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
35. Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
36. Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
No entanto, dentro de nossa incapacidade, finitude e ignorância o próprio Deus nos mostra uma partícula de quem Ele é.
Através de seus atributos – ou aquilo que Ele nos permite saber – podemos ter uma idéia de Sua Magna Pessoa.
Para que é importante conhecer os atributos de Deus?
Quero dar quatro razões simples:
1. Conhecendo os atributos de Deus saberemos um pouco quem Ele é, Seu caráter, pensamento e vontade;
2. Conhecendo a Deus como Ele é podemos honrá-Lo como merece, prestando-lhe uma adoração bíblica;
3. Estaremos mais preparados para fazer uma apologia da nossa fé e ficarmos imunes quando as distorções heréticas surgidas no presente século;
4. Poderemos ajudar a tantos que estão incorrendo em erro grave abraçando as mais diversas heresias e distorções sobre a Pessoa de Deus.
O que é um atributo?
ATRIBUTO: (do latim “attribuo”) Propriedade inerente ao sujeito sem a qual este não pode existir nem ser concebido.
Na filosofia, Aristóteles distinguia entre atributo e acidente.
Descartes considerava os atributos como propriedades fundamentais da substância.
Spinoza entendia que a extensão e o pensamento são atributos da substância única.
Segundo os materialistas franceses do século 18, são atributos da matéria à extensão e o movimento; alguns (Diderot, Robinet) incluíam, ainda, o pensamento.
Na teologia, Berkhof, por exemplo, diz que:
“os atributos de Deus podem ser definidos como as perfeições que constituem predicativos do Ser Divino na Escritura, ou que são visivelmente exercidas por ele em Suas obras de criação, providência e redenção”.
Embora prefira o termo “virtude” ou “perfeições” ao invés de atributos, pois acha que “atributo” pode transmitir a noção de se acrescentar algo ao Ser Divino. (Berkhof, 1994: 54)
Existem, entre os teólogos, vários posicionamentos com respeito ao número de atributos de Deus.
Alguns falam de atributos naturais e atributos morais, outros de atributos absolutos e relativos, outros de atributos imanentes ou intransitivos e emanentes ou transitivos.
A mais comum é entre atributos comunicáveis e incomunicáveis.
Não vamos seguir nenhum padrão pré-estabelecido, trataremos de forma geral sobre os atributos de Deus, no final estarei indicando alguns livros que podem auxiliar num estudo mais aprofundado sobre o tema.
Vejamos, agora, um resumo dos vários atributos relacionados nas Escrituras:
OS ATRIBUTOS DE DEUS PROPRIAMENTE DITOS:
I. SINGULARIDADE E SIMPLICIDADE:
Deus não é composto de partes, pois toda composição implica imperfeição.
O composto depende, necessariamente, dos elementos que o constituem.
Deus é, portanto, perfeitamente simples.
Um atributo não é mais importante do que outro; todos eles constituem o Ser de Deus.
Deus é único no sentido de singularidade como também de simplicidade.
Singularidade: Deus é único, numericamente um; há um só Deus.
Simplicidade: Deus não está dividido em partes, pois Ele não é composto; entretanto seus atributos são enfatizados em momentos diferentes.
Sendo infinitamente simples, Deus é infinitamente uno e indivisível.
Mas é também absolutamente único. Supor dois ou mais Deuses igualmente perfeitos, seria absurdo.
Dois Deuses seriam idênticos e então se confundiriam, ou seriam diferentes e então não poderiam ser ambos infinitamente perfeitos.
1 Re 8. 60; Dt 6. 4; Mc 12. 29, 32; 1 Co 8. 6; 1 Tm 2. 5; Jo 17. 3; Ef 4 .6.
II. INFINIDADE E IMENSIDADE:
Deus é infinito, isto é, sem limite em seu ser, pois é o ser por si, o ser que existe por sua própria essência. Nada existe além e acima de Deus, que de nada depende e ao qual tudo está subordinado.
Ele “habita em luz inacessível” (1 Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos caminhos são “inescrutáveis” (Rm 11. 33).
Deus é infinito, ilimitado, ilimitável.
“Acaso sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe?
Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o Senhor; porventura não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor” (Jr 23. 23-24).
“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá”. Sl 139. 7-10
III. ETERNIDADE:
Sendo infinito, Deus não tem começo nem fim. Só possuem duração limitada os seres imperfeitos.
Deus, sendo infinitamente perfeito, é eterno. Não tem passado, futuro, nem presente.
A eternidade é um atributo relacionado com a imutabilidade de Deus nos aspecto que o tempo não pode acrescentar ou tirar alguma coisa d’Ele, não pode aumentar nem diminuir o Seu conhecimento.
Ele, porém, percebe os acontecimentos no tempo e age no tempo.
“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.
Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Sl 90. 2
IV. INTELIGÊNCIA:
Sendo tudo, em Deus, infinito, sua inteligência e sua ciência são também infinitas.
Para saber, Ele não precisa raciocinar. Tudo vê e conhece. “…
quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?”
V. VONTADE:
A vontade divina não possui limites e é livre de todo obstáculo. Deus basta querer para fazer.
Age com absoluta independência e sem contradição.
“Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” Dn 4. 35.
VI. SABEDORIA:
A inteligência infinitamente perfeita de Deus gera a sabedoria absoluta que O faz empregar os meios mais eficazes para os fins mais dignos.
Deus Tudo governa com inteligência, segurança e ordem.
VII. BONDADE:
Deus é amor infinito e perfeito. Deus é bom em si mesmo; absolutamente nada lhe pode ser acrescentado ou melhorado, pois ele não é incompleto ou defeituoso.
Ele é o Sumo bem para suas criaturas; a fonte de todo bem.
Sua bondade se manifesta para todas as suas criaturas, pois é a perfeição que o leva a tratar benévolo e generosamente todas as suas criaturas.
Este atributo de Deus implica que Ele é o parâmetro definitivo do que é bom, e tudo o que Ele é e faz é digno de aprovação. Gn 1.31; Sl 145.9, 15-16; Sl 100. 5; Sl 106.1; Lc 18.18-19; Rm 12.2; Tg 1.17; 1Jo 1.5; At 14.17.
VIII. JUSTIÇA:
Sendo em grau infinito, inteligente, sábio e bom, Deus é justo.
Possuindo santidade absoluta que é ordem do amor, Ele age com justiça infinitamente perfeita. Por isso, pune o mal e recompensa o bem.
Deus sempre age segundo o que é justo, e que Ele mesmo é o parâmetro definitivo do que é justo.
Dt 32. 4: “Ele é a Rocha; suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel e sem iniquidade; justo e reto é ele”.
Outras referências: Ed 9.15; Ne 9. 8; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 2.29; 3. 4; Ap 16.5; Dt 32.4; Rm 3. 25-26; Jó 40. 2,8; Rm 9. 20,21.
IX. AUTO-EXISTÊNCIA:
Esta é uma característica unicamente de Deus.
“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.
Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma cousa precisasse; pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” Atos 17. 24-25).
Deus é auto-suficiente. Ele não precisa de nada nem de ninguém para ser que é ou fazer o que fez e faz.
Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si, mesmo para continuidade e perpetuidade de seu Ser.
Deus é a causa de todas as coisas, sem ser causado.
X. IMUTABILIDADE OU INALTERABILIDADE:
Toda mudança constitui um progresso ou uma decadência.
Só mudam e se transformam os seres imperfeitos.
Sendo necessariamente perfeito, Deus é imutável, isto é, permanece idêntico a si mesmo, sem nenhuma mudança ou variação. (Ap 22.13; Is 44. 6).
É o mesmo Deus, único e verdadeiro. Ele não somente é; Ele é o que é, sempre. Nada muda n’Ele. (Hb 1.10-12).
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança”. Tg 1.17. “Porque eu, o Senhor, não mudo”. Ml 3. 6
XI. ONIPRESENÇA:
Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto no espaço com todo o seu ser; Ele porém, age de modos diversos em lugares diferentes.
Deus não está em todos os lugares no mesmo sentido; isto é, a manifestação d’Ele é maior nos céus sua habitação, porém sua manifestação no inferno se dá de maneira punitiva, por exemplo.
Deus não tem dimensões espaciais, Ele é o nosso ambiente mais próximo.
Seu centro está em todos os lugares; Sua circunferência não está em lugar algum.
“Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe?
Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu o céu e a terra? diz o Senhor”. Jr. 23. 23-24 e ainda Sl. 139.7-10
XII. PRESCIÊNCIA:
Se olharmos pelo aspecto em que a palavra “presciência” na Bíblia é empregada, não no sentido de prever eventos ou ações das pessoas, mas, sim, que está relacionada com o conhecimento prévio que Deus tem das pessoas.
A presciência de Deus não é causativa, antes Deus conhece de antemão o que será porque Ele decretou o que há de ser.
Então concluímos que Deus conhece as pessoas que Ele mesmo elegeu. Rm 8. 28-29; 1Pe 1.2.
A palavra “presciência” em grego: “prognosis”, não significa apenas “conhecer antes”.
Quando este termo é usado com relação a Deus significa frequentemente “olhar com amor”.
“Rebeldes fostes contra o SENHOR, desde o dia em que vos conheci”. Dt 9. 24.
“De todas as famílias da terra, somente a vós outros conheci (escolhi); portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniquidades”. Am 3. 2 (grifo nosso). “Conhecer” significa amar.
“Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”. Mt 7. 23. (Jo 10.14; 1Co 8. 3; 2 Tm 2.19; Rm 8. 29-30; 11. 22).
XIII. SOBERANIA OU SUPREMACIA:
Deus o supremo criador do universo não pode e jamais será influenciado por qualquer atitude humana ou evento de sua criação. Deus a tudo controla e tem o domínio eternamente sobre a vontade dos homens, dos seres celestiais e sobre todo o restante de sua criação.
“Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos”. 1 Cr 29.11
Como bem expressa A. W. Pink:
1. Deus é soberano no exercício de Seu poder – Ex 17.16; 1 Cr 29.11-12; Dn 2. 22-21.
2. Deus é soberano na delegação de Seu poder a outros – Dt 8.18; Sl 29.11; Dn 2. 23.
3. Deus é soberano no exercício de Sua misericórdia – João 5.1-9.
4. Deus é soberano no exercício de Sua graça – Rm 9.19-24; Rm 11. 5-6; Ef 2. 4-10.
5. Deus é soberano no domínio das nações – 2 Cr 20. 6; Sl 10.16; Ap 19. 6; Pv 21.1; Dn 4. 35.
XIV SANTIDADE:
A santidade de Deus traça o padrão que seu povo deve imitar.
“Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. Lv 19. 2
O Deus bíblico é tanto santo como amoroso, em unidade inseparável em cada pessoa da Triunidade.
A santidade de Deus é central em seu ser, sendo especialmente destacada no Antigo Testamento (Lv 11. 44; 19. 2; Js 24.19; 1 Sm 6. 20; Sl 22. 3; Is 57.15).
A santidade de Deus indica que ele é absolutamente puro e perfeito, sem qualquer pecado ou maldade; seu próprio ser é o resplendor e o derramamento da pureza, da verdade, da justiça, da retidão, da bondade e de toda perfeição moral.
XV. IRA: Deus odeia intensamente o pecado, e isto está associado à santidade e a justiça de Deus.
Ele se opõe a tudo que vai contra o seu caráter moral.
“Lembrai-vos e não vos esqueçais de muito provocastes à ira do Senhor, vosso Deus no deserto; desde o dia em que saíste da terra do Egito, até que chegaste a este lugar, foste rebelde contra o Senhor; pois, em Horebe, tanto provocastes a ira ao Senhor, que a ira do Senhor se acendeu contra vós para vos destruir” (Dt 9.7-8)
Um exemplo da ira divina encontra-se na execução do dilúvio nos dias de Noé (Gn 6-8)
XVI. ONIPOTÊNCIA:
Isto é claramente expresso na pergunta: “Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?”, feita depois de Deus ter prometido a Abraão e Sara um filho em idade avançada – Gn 18.14, e repetida novamente com sua promessa de restaurar e libertar a Jerusalém face a sua destruição iminente pelo exército babilônico – Jr 32. 27.
Em ambos os casos a promessa divina foi cumprida à risca.
O Novo Testamento contém igualmente um testemunho semelhante quanto à onipotência de Deus.
Ele se revela como o Deus para quem “nada é impossível”.
(Gn 17.1; 18.14; Sl 24. 8; 33. 9; 89.13; 115. 3; Hb 1.3; Ef 3. 20,21; Sl 24. 8; Jr 32. 27; 2 Co 6.18; Ap 1. 8; Lc 1. 37; Mt 19. 26; Tt 1.2; Hb 6.18; 2Tm 2.13; Tg 1.13, 17).
XVII. ONISCIÊNCIA:
Esta perfeição está intimamente ligada à sua onipresença (Sl 139.1-12).
As implicações práticas são semelhantes e perturbadoras, mas trazem ao mesmo tempo segurança:
Deus vê e, portanto, tudo sabe.
Isso é, em especial, pertinente ao juízo, sendo simbolicamente expresso pela “abertura dos livros” (Ap 20.12).
XVIII. AMOR: “Deus é amor” (1 Jo 4. 8) é a definição bíblica mais conhecida de Deus.
Nos contextos humanos, porém, o amor inclui uma considerável variedade de atitudes e atos.
Em relação a Deus, trata-se de uma idéia muito específica. “Nisto consiste o amor… em que… enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” 1 Jo 4.10;
“Nisto se manifestou o amor de Deus…em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo” 1Jo 4. 9.
O termo agapê aqui presente tem comparativamente pouco uso fora do Novo Testamento.
A palavra grega comum, eros, fala de um amor associado a alguém digno, enquanto agapê é o amor pelos indignos, por alguém que perdeu todo o direito à devoção do amado.
O amor de Deus, agapê, é principalmente expresso na redenção dos pecadores e em tudo que está ligado a isso.
XIX. MISERICÓRDIA:
É o exercício do amor de Deus para com os aflitos e angustiados.
A diferença básica entre graça e misericórdia é que aquela vê os homens pecadores culpados e condenados, concedendo perdão, enquanto que esta os vê miseráveis e necessitados, agindo afetuosamente para com eles, ou seja, concedendo alívio.
É proveitoso afirmar que a misericórdia é uma extensão da graça de Deus. (2 Sm 24.14; Mt 9. 27; 2 Co 1.3; Hb 4.16; 2.17; Tg 5.11).
“E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniquidades, e ainda nos deixaste este remanescente…” Ed 9.13.
XX. PACIÊNCIA: É o poder de controle que Deus exerce sobre si mesmo, agindo complacentemente para com o ímpio, detendo por um tempo o castigo que este merece.
Este atributo, ainda que beneficie a criatura, concerne, no entanto a Deus, pois é o poder que ele controla sua ira, adiando o julgamento, continuando a oferecer salvação e graça por longos períodos.
Nm 1. 3; Sl 86.15; Rm 2. 4; 9. 22; 1 Pe 3. 20; 2 Pe 3. 9; Tg 1.19; Jn 4. 21; Sl 103. 8-9. Que seria dos “Pedros” se Deus não fosse paciente?
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
De que nos serve sabermos sobre os atributos de Deus?
Em que mudaria a nossa vida tudo que estudamos até agora sobre a pessoa de Deus?
Além das razões que eu mencionei na introdução, é imprescindível nos dias de hoje que os atributos de Deus estão ligados com a maneira como nós O servimos.
Se eu não conheço a Deus como posso adorá-lo? Amá-lo? Servi-lo?
Orar? Senão, vejamos:
Se Deus é SINGULAR, então não posso me associar a nenhum outro deus;
Se Deus é INFINITO, então Ele é maior que minha própria vida;
Se Deus é ETERNO, então podemos confiar nEle em qualquer tempo;
Se Deus é INTELIGENTE, então posso confiar em suas decisões a meu respeito;
Se Deus tem VONTADE, então eu preciso descobrir a Sua vontade para minha vida;
Se Deus é SÁBIO, então preciso dEle na minha ignorância;
Se Deus é BOM, então em Suas mãos estarei seguro;
Se Deus é JUSTO, então entregarei a Ele as injustiças por mim sofridas;
Se Deus é AUTO-EXISTENTE, não precisa de mim, mas eu preciso dEle;
Se Deus é IMUTÁVEL, então a minha fé pode descansarem Seu Ser;
Se Deus é ONIPRESENTE, então não preciso fazer peregrinações para locais “santos” para encontrá-Lo;
Se Deus possui PRESCIÊNCIA, então eu sei que Ele me amou antes da fundação do mundo;
Se Deus é SOBERANO, então nada pode pegá-lo de surpresa, até mesmo as piores calamidades;
Se Deus é SANTO, então preciso buscar a santidade, pois Ele me diz: “Sede santo”;
Se Deus se IRA, então preciso entender que não posso pecar contra Ele;
Se Deus é ONIPOTENTE, então porque me preocupo com os meus problemas mais do que deveria?;
Se Deus é ONISCIENTE, então não posso enganá-Lo em momento algum;
Se Deus é AMOR, então posso crer em seu perdão;
Se Deus é MISERICÓRDIA, então eu sei que, embora exista o inferno, ele não é para mim;
Se Deus é PACIENTE, então sabe qual o melhor momento para agir.
Um Forte Abraço!! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado
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